O fim dos anos 50 trouxe uma geração de jovens, que viviam no auge da prosperidade financeira, e um clima consumista do pós guerra nos EUA. Vieram grandes transformações no comportamento, com o sucesso do rock and roll, por exemplo.
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Os jovens, de blusão de couro topete e jeans em cima de suas lambretas, caracterizavam uma juventude rebelde, já as garotas começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e abusavam da cigarrette, como um símbolo de liberdade.
Essa década foi marcada pela explosão jovem, que eram influenciados pela ideia de liberdade, e começavam a se impor à sociedade de consumo vigente. O movimento dos anos 50, escondido em bares agora era nas ruas, de acordo com o comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década. Era o fim da ditadura fashion, agora havia várias propostas, cada uma de acordo com um comportamento.
As empresas passaram a fazer produtos dedicados aos jovens, que não seguiam mais a moda dos velhos. Agora a moda era não seguir a moda, representando a liberdade, o grande desejo dessa juventude. Atrizes e cantoras representavam bem esse comportamento, como Jean Seberg e Françoise Hardy.
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Japona nada mais é que um jaquetão curto. |
A minissaia passa a existir pelas mãos da inglesa Mary Quant e do francês André Courrèges, mesmo ela afirmando que fora uma criação da rua. Há uma grande influência das ruas nas criações dos estilistas. Até mesmo, as inovadoras ideias de Yves Saint Laurent, com a criação de japonas e sahariennes, safári, foram atualizações do que já se usava nas ruas de Londres e Paris.
O sucesso de Quant abriram caminhos para outros jovens estilistas como Ossie Clark, Jean Muir, Bill Blass, Anne Klein, Oscar de la Renta, entre outros. Tinham seu próprio estilo, desde o psicodélico até o romântico, com inspirações do antigo Egito, do Oriente e até mesmo nas viagens alucinógenas de algumas drogas.
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Saharienne de YSL, versão mais sexy de casacos. |
No ano de 1965, na França, André Courrèges iniciou uma revolução na moda, rou
pas em linhas retas, minissaias e botas brancas e sua visão de futuro, em suas moon girls de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Saint Laurent criou vestidos tubinhos inspirados em quadros neoplasticistas de Mondrian e Pucci com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, usou o alumínio como matéria-prima.
Tecidos, em estampas variadas, tanto nas estampas, quanto nas fibras, pois além das naturais popularizou-se muito as fibras sintéticas. As lingeries, foram afetadas com as mudanças, a calcinha e a meia-calça viraram frebre, pelo seu conforto e segurança, tanto para usar minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.
O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Yves Sanit Laurent, lançou um smoking para mulheres em 1966, assim elas começavam a usar roupas tradicionalmente masculinas.
Em 1966 e 1967 alta-costura perdia muito terreno, de 39 maisons antes passara a ter 17, Saint Laurent inovou e inaugurou uma nova estrutura de prêt-à-porter de luxo, que por meio de franquias, se multiplicaram. A confecção ganhava mais terreno e exigia criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passava a ser estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.
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Twiggy |
Londres se tornava o centro das atenções, a viagem dos sonhos de qualquer jovem, a cidade da moda. Lá estavam os Beatles e as inglesinhas emancipadas, circulando pela lojas excêntricas da Carnaby Street, que foram para a famosa King´s Road e o bairro de Chelsea, sempre muito musical e com atitudes jovens.A modelo Jean Shrimpton era a personificação das chamas chelsea girls , sempre de minissaia, cabelos longos com franjas e olhos maquiados, embora o simbolo dos anos 60, seja a modelo e atriz Twiggy, muito magra, cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador.
Era essencial a maquiagem, feita especialmente para jovens. Olhos bem marcados, batons claros ou até brancos, tudo deveria ser bem fácil de usar. Mary Quant inovou trazendo embalagens com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. Ela usou nomes divertidos para seus produtos que vinham sempre com uma margarida.
As perucas também estavam em alta, como nunca, em vários modelos e tonalidades, além de bem mais baratas. Eram produzidas com uma fibra sintética, o kanekalon.
O estilo swinging London culminou com a Biba, uma butique independente frequentada por personalidades. Seu ar romântico retrô, com o camponês ingênuo e florido de Laura Ashley, estavam sintonizados com o fenômeno hippie do final dos anos 60.
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Terno de Mao, com seu pescoço cilíndrico. |
O masculino, foi muito influenciado, no início da década pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam, como os paletós sem colarinho de Pierre Cardin e o cabelo franjão. A silhueta era mais ajustada ao corpo, a gola rolê se tornaram clássicas no guarda-roupa masculino. Vários rapazes adotaram a japona do pescador e até o
terno de Mao.
Aqui, no Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso, assim como a minissaia de Wanderléa e as roupas coloridas de Roberto Carlos, com sua franja ao estilo Beatles, o lema era ´´que vá tudo para o inferno``.
A modernidade trazida pela medicina, viagens espaciais, entre outros, influenciaram não só a moda, mas também o design e a arte que´passou a ter um aspecto mais popular e fugaz.
A Arte Pop, foi o movimento que mais causou impacto. Andy Warthol, por exemplo, usavam irreverência e ironia em seus trabalhos. Ele usava símbolos populares da cultura norte-americana em seus quadros, como Elvis, Marilyn Monroe e até latas de sopa Campbells. A Op Art, abreviatura de optical art, arte abstrata que explora fenômenos ópticos, estava presente em estampas de tecidos.
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Marilyn Monroe por Andy Warthol. |
Nesse ritmo de mudanças dos anos 60, a nouvelle vague do cinema francês, Acossado de Jean-Luc Godard, juntamente com o do neo-realismo do cinema italiano, do cinema novo no Brasil contestavam as caras produções de Hollywood.
No final dessa década o reduto mundial dos jovens, não era mais Londres e sim São Francisco nos EUA, região portuária que recebia pessoas do mundo todo, berço do movimento hippie, que pregava paz e amor, através do poder da flor(flower power), do negro (black power), do gay (gay power), e da libertação da mulher (women´s lib). Manifestações e palavras de ordem que mobilizaram jovens em grande parte do mundo.
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Banda Os Mutantes. |
Esse movimento teve o nome de contracultura, era tudo underground, às margens do sistema oficial. Roupas coloridas, misticismo oriental musica, cabelos longos e drogas faziam parte desse novo comportamento. Aqui no Brasil, a banda Os Mutantes, encabeçados por Rita Lee, seguiam este caminho, afastando-se do vestuário da jovem guar
da, em busca de uma viagem psicodélica.
A moda, era agora usar o que antes era reservado classes mais pobres, como os jeans americanos. Nas butiques, a moda étnica estavam em casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas, e um vários acessórios da nova moda, tudo kitsh, retrô e pop.
O movimento jovem explodiu em 1968, e tomou conta de várias partes do mundo, contestando os sistemas de ensino, a cultura e diversos aspectos, como a sexualidade, costumes, a moral e a estética. Aqui no Brasil, eles lutavam contra a ditadura militar, contra a reforma estudantil que mais tarde viria a fechar o Congresso e o decreto do Ato Institucional n°5.
O que mais caracterizou a juventude dos anos 60 foi a vontade de se rebelar, a briga por liberdade de expressão e sexual. Assim, as mulheres, com o surgimento das pílulas anticoncepcionais, no início da década mudaram seu comportamento sexual, que ficara mais liberal. Queriam também, igualdade de salários, de direitos e de decisão. Sutiãs foram queimados em praça pública num símbolo de libertação.
Os anos 60 foram encerrados com a chegada do homem na luda em 1969, e com um grande show de rock, o Woodstock Music & Art Fair, em agosto do mesmo ano, reunindo cerca de 500 mil pessoas, em 3 dias de muito amor, sexo drogas e rock and roll.
Beijinhos, Alex G.