
Essa década foi marcada pela explosão jovem, que eram influenciados pela ideia de liberdade, e começavam a se impor à sociedade de consumo vigente. O movimento dos anos 50, escondido em bares agora era nas ruas, de acordo com o comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década. Era o fim da ditadura fashion, agora havia várias propostas, cada uma de acordo com um comportamento.
As empresas passaram a fazer produtos dedicados aos jovens, que não seguiam mais a moda dos velhos. Agora a moda era não seguir a moda, representando a liberdade, o grande desejo dessa juventude. Atrizes e cantoras representavam bem esse comportamento, como Jean Seberg e Françoise Hardy.
![]() |
Japona nada mais é que um jaquetão curto. |
O sucesso de Quant abriram caminhos para outros jovens estilistas como Ossie Clark, Jean Muir, Bill Blass, Anne Klein, Oscar de la Renta, entre outros. Tinham seu próprio estilo, desde o psicodélico até o romântico, com inspirações do antigo Egito, do Oriente e até mesmo nas viagens alucinógenas de algumas drogas.
![]() |
Saharienne de YSL, versão mais sexy de casacos. |
pas em linhas retas, minissaias e botas brancas e sua visão de futuro, em suas moon girls de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Saint Laurent criou vestidos tubinhos inspirados em quadros neoplasticistas de Mondrian e Pucci com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, usou o alumínio como matéria-prima.
Tecidos, em estampas variadas, tanto nas estampas, quanto nas fibras, pois além das naturais popularizou-se muito as fibras sintéticas. As lingeries, foram afetadas com as mudanças, a calcinha e a meia-calça viraram frebre, pelo seu conforto e segurança, tanto para usar minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.
O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Yves Sanit Laurent, lançou um smoking para mulheres em 1966, assim elas começavam a usar roupas tradicionalmente masculinas.
Em 1966 e 1967 alta-costura perdia muito terreno, de 39 maisons antes passara a ter 17, Saint Laurent inovou e inaugurou uma nova estrutura de prêt-à-porter de luxo, que por meio de franquias, se multiplicaram. A confecção ganhava mais terreno e exigia criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passava a ser estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.
![]() |
Twiggy |
Era essencial a maquiagem, feita especialmente para jovens. Olhos bem marcados, batons claros ou até brancos, tudo deveria ser bem fácil de usar. Mary Quant inovou trazendo embalagens com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. Ela usou nomes divertidos para seus produtos que vinham sempre com uma margarida.
As perucas também estavam em alta, como nunca, em vários modelos e tonalidades, além de bem mais baratas. Eram produzidas com uma fibra sintética, o kanekalon.
O estilo swinging London culminou com a Biba, uma butique independente frequentada por personalidades. Seu ar romântico retrô, com o camponês ingênuo e florido de Laura Ashley, estavam sintonizados com o fenômeno hippie do final dos anos 60.
![]() |
Terno de Mao, com seu pescoço cilíndrico. |
terno de Mao.
Aqui, no Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso, assim como a minissaia de Wanderléa e as roupas coloridas de Roberto Carlos, com sua franja ao estilo Beatles, o lema era ´´que vá tudo para o inferno``.
A modernidade trazida pela medicina, viagens espaciais, entre outros, influenciaram não só a moda, mas também o design e a arte que´passou a ter um aspecto mais popular e fugaz.
A Arte Pop, foi o movimento que mais causou impacto. Andy Warthol, por exemplo, usavam irreverência e ironia em seus trabalhos. Ele usava símbolos populares da cultura norte-americana em seus quadros, como Elvis, Marilyn Monroe e até latas de sopa Campbells. A Op Art, abreviatura de optical art, arte abstrata que explora fenômenos ópticos, estava presente em estampas de tecidos.
![]() |
Marilyn Monroe por Andy Warthol. |
No final dessa década o reduto mundial dos jovens, não era mais Londres e sim São Francisco nos EUA, região portuária que recebia pessoas do mundo todo, berço do movimento hippie, que pregava paz e amor, através do poder da flor(flower power), do negro (black power), do gay (gay power), e da libertação da mulher (women´s lib). Manifestações e palavras de ordem que mobilizaram jovens em grande parte do mundo.
![]() |
Banda Os Mutantes. |
da, em busca de uma viagem psicodélica.
A moda, era agora usar o que antes era reservado classes mais pobres, como os jeans americanos. Nas butiques, a moda étnica estavam em casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas, e um vários acessórios da nova moda, tudo kitsh, retrô e pop.
O movimento jovem explodiu em 1968, e tomou conta de várias partes do mundo, contestando os sistemas de ensino, a cultura e diversos aspectos, como a sexualidade, costumes, a moral e a estética. Aqui no Brasil, eles lutavam contra a ditadura militar, contra a reforma estudantil que mais tarde viria a fechar o Congresso e o decreto do Ato Institucional n°5.
O que mais caracterizou a juventude dos anos 60 foi a vontade de se rebelar, a briga por liberdade de expressão e sexual. Assim, as mulheres, com o surgimento das pílulas anticoncepcionais, no início da década mudaram seu comportamento sexual, que ficara mais liberal. Queriam também, igualdade de salários, de direitos e de decisão. Sutiãs foram queimados em praça pública num símbolo de libertação.
Os anos 60 foram encerrados com a chegada do homem na luda em 1969, e com um grande show de rock, o Woodstock Music & Art Fair, em agosto do mesmo ano, reunindo cerca de 500 mil pessoas, em 3 dias de muito amor, sexo drogas e rock and roll.
Beijinhos, Alex G.
Nenhum comentário:
Postar um comentário