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sábado, 1 de junho de 2013

Estilo: Anos 40.

Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já começara na Europa. Os homens  vão à batalha e as mulheres ao trabalho. Paris, tomada por alemães, já não contava mais, com todos os nomes da alta-costura e suas maisons. Muitos estilistas, haviam se mudado ou fechado suas casas!
Os alemão tentaram destruir a indústria francesa de costura, tentando levá-las para Berlin ou Viena, o que não deu muito certo. O estilista francês Lucien Lelong, presidente do da câmara sindical, que defendeu a permanência das maisons no país. Durante a guerra 92 ateliês continuaram abertos no país. Mesmo com limitações impostas pelo governo, para compra de tecidos a moda sobreviveu a guerra.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o fim dos conflitos, as mulheres eram mais magras e as roupas eram mais pesadas. Com a escassez de tecidos as mulheres recorreram a materiais alternativos como a viscose, o raion e as fibras sintéticas.Mesmo depois da época de guerra esses costumes continuaram para aquelas não menos abastadas que queriam andar na moda.
Silhueta militar, ombros quadrados
e sapatos pesados..
Na Grã-Bretanha, o Fashion Group of Great Britain, comandado por Molyneux, criou 32 peças à serem produzidas em massa, na intenção de criar roupas mais atraentes apresar das restrições.
Jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos, e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o tweed; as saias eram curtas, com pregas finas ou franzidas, as calças eram compridas e práticas e os vestidos imitavam uma saia com um casaco.
Com materiais escassos, a solução foi desenhar
linhas das meias nas pernas.
Com a falta de materiais em quase todos os setores e em todos os países envolvidos nos conflitos a criatividade era mais que necessária, novos materiais foram desenvolvidos, usados na confecção de móveis e objetos, nasceu o Tupperware, pra se ter uma ideia, com o uso do ferro na industria bélica, os fabricantes de batons apenas recarregavam o tubo de batom.
Paris que fora libertada em 1944, se encheu de alegria,assim como os ritmos de jazz e as meias de náilon americanas, trazidas pelos soldados, que levaram de volta o perfume Channel n°5.
Maquiagem improvisada a partir de materiais de cozinha.
Em 1945, foi criada uma exposição de moda, com a intenção de angariar fundos e confirmar a força da costura parisiense, mas a falta de materiais fez com que ao invés de modelos luxuosos, eles vestiram bonecas pequenas, moldadas com fio de ferro e cabeças de gesso, criados por grandes nomes da alta- costura francesa.
Dior
Importantes artistas como Chistian Bérard e Jean Cocteau participaram da produção dessa exposição, com 13 cenários e 237 bonecas, vestidas desde o esporte até vestidos de luxo, com todos os acessórios, lingeries, chapéus, peles e sapatos, tudo feito manualmente, idênticos em acabamento de luxo, ao tamanho natural.
New Look
No dia 27 de março de 1945, Le Théatre de la Mode (Teatro da Moda) encantou Paris, mais de 200 mil franceses visitaram a exposição, que também fez sucesso pela Inglaterra, Áustria e Paris, além de outros.No pós-guerra, o natural da moda é a simplicidade e praticidade, como a moda lançada por Channel. No entanto o francês Christian Dior, em sua primeira coleção em 1947, surpreendeu com saias rodadas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos.
O sucesso imediato do seu New Look, como ficou conhecido, indica  que as mulheres ansiavam pela volta do luxo e sofisticação perdidos.Dior se imortalizava com o seu New Look jovem e alegre. Era a visão da mulher extremamente feminina, que iria ser o padrão dos anos 50.




                                         
                                                                                                         Beijinhos,       Alex G.

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