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terça-feira, 4 de junho de 2013

Estilo: Anos 50.

Vestido longo com cintura marcada.
Considerados os Anos Dourados.Com o fim da guerra e o fim do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 era feminina e glamourosa, de acordo com o New Look, de Christian Dior, em 1947.Muita quantidade de tecido era gasta para um só vestido, até o tornozelo. A cintura marcada e os sapatos de saltos altos, além de acessórios luxuosos como luvas, peles e jóias.
Esta silhueta demasiadamente feminina e jovial, atravessou toda a década e se manteve na maioria das criações da época. Mesmo com tudo indicando que a simplicidade iria reinar, mas o New Look de Dior foi muito rapidamente aceito, como nenhum outro. E foi Christian Dior, quem liderou, até 1957, ano de sua morte a agitação de novas tendência que foram surgindo quase a cada estação.
Juntamente com a escassez de tecidos, os cosméticos também entrou em uma época de abundância de materiais, Muitos produtos foram lançados, já que a tendência era uma pele muitíssimo pálida com olhos bem marcado.
     Empresas como Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era a explosão dos cosméticos. Na Europa  empresas como a Biotherm, em 1952 e a Clarins, em 1952, lançou produtos a base de plantas, o que se tornou febre.
     As tintas de cabelo se tornaram febre, assim como produtos alisadores e  fixadores.Os penteados podiam ser coques ou rabo de cavalo, como os de Brigitte Bardot.Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos com mechas caindo no rosto e as franjas davam o ar de menina.
Referência em beleza e sensualidade,
Marilym Monroe.
Dos estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, os das ingênuas chiques como Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e os estilo mulher fatal, que esbanjavam sensualidade , como também as pin-ups americanas, loiras e com seios fartos. Os dois grandes símbolos de beleza dessa década foram Maritym Monroe e Brigitte Bardot, que reuniam os dois estilos, ingenuidade e sensualidade.
As primeiras top models surgiram através de lentes dos fotógrafos de moda, como Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maison e revistas de moda,como Elle e Vogue.
Durante os anos 50, a alta-costura viveu seu apogeu. Nomes importantes na criação da moda surgiram, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da auta-costura.Além de Channel, Madame Grès, o próprio Dior, entre outros transformaram essa época, a mais glamourosa de todas.
Nessa década uma forma de difusão da auta-costura parisiense tornou-se possível com a criação do grupo Costureiros Assosciados, do qual faziam parte famosas maisons como a de Jaques Fath, Jeanne Paquin, entre outas. Eles haviam se unido a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete modelos a cada estação a serem distribuídos para algumas lojas selecionadas.
Em 1955 a grife Jean Dessès Difusion passou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e África do Norte.
Este sapato, com o salto encurvado pra dentro,
o mais copiado do mundo, criação de Roger Vivier.
O grande destaque dos sapatos foi
Roger Vivier que criou o salto-agulha  em 1954 e em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado. Ele trabalhou com Dior e outros grandes estilistas da época.
Em 1954, Channel reabriu sua maison em Paris, que estivera fechado por conta da guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças inconfundíveis como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa à tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.
Bolsa de matelassê Channel.
Os Estados Unidos também avançavam na direção do ready to wear e da confecção. Essa indústria se fortalecia, com as técnicas de produção em massa cada vez mais bem desenvolvidas e especializadas.
Na Inglaterra, empresas como Jaeger, Susan Small e Dereta produziam roupas prêt-à-porter sofisticadas. Na Itália Emílio Pucci produzia peças separadas de cores fortes que fazia sucesso na Europa e nos Estados Unidos. Na França Jaques Fath foi um doa primeiros a se voltar so  prêt-à-porter ainda em 1948, mas os outros estilistas o acompanharam quando a auta-costura começava a perder terreno já no final dos anos 50.
Channel n°5, considerado por muitos o perfume mais
famoso do mundo.
Assim as pessoas comuns começaram e estar sintonizadas  com as tendências do momento. Em 1955, Elle e Vogue dedicaram várias paginas ao  prêt-à-porter, que mostrava uma mudança no mundo da moda.
Os estilistas começaram a se  preocupar com licenças, que revolucionava a estratégia econômica das marcas. Assim como alguns itens símbolos do que se havia de mais chique, como o lenço de seda da Hermes, que Audrey Hepburn, o perfume Channel n°5, o preferido de Marilyn Monroe, entre outros.
Muitos perfumes lançados nos anos 50, existem até hoje, sendo que algumas maisons sobrevivem ainda, graças a eles.
Houve a Guerra Fria, travada pelos Estados Unidos e União Soviética, a ficção científica e temas espaciais estava associado a modernidade. Até os carros americanos ganharam um visual inspirado nos foguetes, eles eram grandes, baixos e compridos, além de luxuosos e confortáveis.
Os Estados Unidos estavam numa boa época, já que passaram a fiadores econômicos do mundo. Isso fez surgir uma juventude abastada e consumista,e que vivia com o conforto que a modernidade lhes oferecia.
Estilo colegial.
A televisão se popularizou e as pessoas assistiam como as pessoas ricas e famosas viviam. A tradição e valores mais conservadores estavam de volta, a mulher dos anos 50 além de bem cuidada devia ser boa dona-de-casa. Nessa época surgiu a máquina de lavar e o aspirador de pó. Já na Europa as prioridades nos rádios, televisores e máquinas eram que fossem simples e duráveis.
Surgiu o Rock in Roll, os jovens americanos buscavam sua própria moda. A moda colegial nasceu, originando-se no sportwear.  Além de saias rodadas, as moças usavam calças cigarrete até o tornozelo e sapatos baixos, além de suéter e jeans.
O cinema lançou moda, como James Dean, no filme Juventude Transviada (1955)que usava blusão de couro e jeans. Marlon Brando em Um Bonde Chamado Desejo (1951), transformou a camiseta branca em um símbolo da  juventude.
Teddy-boys.
Na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano,  um pouco mais agressivo,  com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além do topete enrolado. Eram os teddy-boys.
No fim dos anos 50, a industria de confecção era grande e próspera, democratizava a moda. Surgiu um segmento com muitíssimo potencial, a moda jovem, febre nos anos 60.
                               
                                                                                                Beijinhos,      Alex G. 

                                                     

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