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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Estilo: Anos 80.

Tailleur.
Os anos 80 começara ainda com a ditadura que acabaria só em 1985, mas longe de um país triste , as mulheres ingressavam no mercado de trabalho, foi a década das boates, danceterias e festas. A moda se mostrava bem alegre, versátil, divertida. Um misto de sensualidade, ousadia e sofisticação, extravagante e sempre   ostentando.
Cabelos super volumosos, ombreiras enormes e calças de cintura alta, além de roupas hiper coloridas, em especial as calças, babados, pregas, drapeados, usados de dia ou a noite. Os tailleur´s com ombreiras fazia uma postura poderosa e alinhada. Os vestidos com cintura marcada valorizavam a silhueta feminina, saias balonê e mangas eram bufantes ou morcego.
As baggys repaginas sao moda hoje em dia.
Tecidos como o stretch davam um ar futurista aos look´s, o jeans bombou nos anos 80, com calças baggy e semi-baggy já que esses modelos em outros tecidos mais caros estavam fora da realidade, pelo menos aqui no Brasil, as principais marcas de jeans na época era Pool e Staroup. Os cabelos eram assimétricos e o efeito brilho molhado fazia a cab
eça de homens e mulheres, em penteados com muita permanete e topetes altíssimos. O gel para cabelo New Wave tinha várias cores vibrantes, proporcionando jogos de tons e contrastes, sendo muito usado pelos jovens da época.
Uma febre no mundo todo foi o óculos Ray-Ban, famosos como Madonna e Michael Jackson ajudaram a difundi-lo pelo globo. Aqui no Brasil os garotos faziam o estilo new romantic com o yuppie e com umas pitadinhas de moda, totalmente adaptado
já que os lenços que estavam em alta, geralmente grandes  e cobrindo grande parte do pescoço, ou ele todo, foram substituídos por  gola alta ou uma simples camiseta, blazer escuro, aberto e o Ray-Ban. Com as meninas os baton 24 horas encantavam, além da famosa e sempre irreverente Melissa.
A geração saúde explodiu, com ginástica aeróbica, muita lycra, collants e as inesquecíveis polainas, usadas casualmente. Bandanas estavam na cabeça dessa turma  e de todos aqueles que queriam dar um tapinha no visual. Cazuza, Xuxa e Rambo sempre estavam com uma bandana à ostentar. Esse boom fez os moletons e a causa fuseaux se popularizassem até fora das academias e o tênis passou a ser usado para todas as horas, fazendo ressurgir os calçados baixos como o mocassim clássico e multicolorido. Há a obrigação de recordar do Kichute, All Star, Op com seu calçado iate de todas as cores imagináveis.
Cazuza e sua bandana.
O rock farofa, como era chamado uma denominação do rock menos popular, usavam roupinhas de oncinha, bem trash. Aliás, muitas bandas novas lançaram estilos musicais e tendências diferentes como os darks, góticos, metaleiros, rastafáris...
Madonna, com seus cabelos hiper volumosos.







Meias para a canela: Polainas.
A cultura pop ganhava força com Madonna, trazendo Like a Virgen, usando calças coloridas, saias rodadas, cabelos armados até a altura dos ombros, as sagradas jaquetas e muito batom vermelho, que davam à ela um toque rebelde/chique. Bandas de heavy metal e new wave (que usavam roupas em cores cítricas, fosforescentes e chamativas, usadas em conjunto, além de penteados super extravagantes) estouravam, como é o caso do  AC/DC, Bon Jovi, The B-52´s e Devo, aqui no Brasil apareciam RPM, Kid Abelha e Barão Vermelho, entre outros. O Rock in Rio teve seu primeiro show no Brasil em 1985, um marco da música no país.
Melissa.
Relógios da Champion com pulseiras trocáveis com inúmeras cores, reforçava a moda New Wave, que possibilitava mudar o relógio de cor, sem necessariamente precisar trocá-lo, a Cássio também estava em alta com os seus,o G-Shock era uma novidade muito desejada, já que seu relógio era a prova de queda e acidentes, como alguns compraram seus relógios em camelôs,bem, só digo que que muitos o testaram e perderam o acessório. Haha
Uma figura sempre muito respeitada e amada que surgiu nessa época foi a princesa Dayana. A androginia continuava em alta com Annie Lenox e Boy George, do Culture Club.


                                                                                                   Beijinhos,     Alex G.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Estilo: Anos 60

O fim dos anos 50 trouxe uma geração de jovens, que viviam no auge da prosperidade financeira, e um clima consumista do pós guerra nos EUA. Vieram grandes transformações no comportamento, com o sucesso do rock and roll, por exemplo.
Os jovens, de blusão de couro topete e jeans em cima de suas lambretas, caracterizavam uma juventude rebelde, já as garotas começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e abusavam da cigarrette, como um símbolo de liberdade.
Essa década foi marcada pela explosão jovem, que eram influenciados pela ideia de liberdade, e começavam a se impor à sociedade de consumo vigente. O movimento dos anos 50, escondido em bares agora era nas ruas, de acordo com o comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década. Era o fim da ditadura fashion, agora havia várias propostas, cada uma de acordo com um comportamento.
As empresas passaram a fazer produtos dedicados aos jovens, que não seguiam mais a moda dos velhos. Agora a moda era não seguir a moda, representando a liberdade, o grande desejo dessa juventude. Atrizes e cantoras representavam bem esse comportamento, como Jean Seberg e Françoise Hardy.
Japona nada mais é que um jaquetão curto.
A minissaia passa a existir pelas mãos da inglesa Mary Quant e do francês André Courrèges, mesmo ela afirmando que fora uma criação da rua. Há uma grande influência das ruas nas criações dos estilistas. Até mesmo, as inovadoras ideias de Yves Saint Laurent, com a criação de japonas e sahariennes, safári, foram atualizações do que já se usava nas ruas de Londres e Paris.
O sucesso de Quant abriram caminhos para outros jovens estilistas como Ossie Clark, Jean Muir, Bill Blass, Anne Klein, Oscar de la Renta, entre outros. Tinham seu próprio estilo, desde o psicodélico até o romântico, com inspirações do antigo Egito, do Oriente e até mesmo nas viagens alucinógenas de algumas drogas.
Saharienne de YSL, versão mais
 sexy de casacos.
No ano de 1965, na França, André Courrèges iniciou uma revolução  na moda, rou
pas em linhas retas, minissaias e botas brancas e sua visão de futuro, em suas moon girls de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Saint Laurent criou vestidos tubinhos inspirados em quadros neoplasticistas  de Mondrian e Pucci com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, usou o alumínio como matéria-prima.
Tecidos, em estampas variadas, tanto nas estampas, quanto nas fibras, pois além das naturais popularizou-se muito as fibras sintéticas. As lingeries, foram afetadas com as mudanças, a calcinha e a meia-calça viraram frebre, pelo seu conforto e segurança, tanto para usar minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.
O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Yves Sanit Laurent, lançou um smoking para mulheres em 1966, assim elas começavam a usar roupas tradicionalmente masculinas.
Em 1966 e 1967 alta-costura perdia muito terreno, de 39 maisons antes passara a ter 17, Saint Laurent inovou e inaugurou uma nova estrutura de prêt-à-porter de luxo, que por meio de franquias, se multiplicaram. A confecção ganhava mais terreno e exigia criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passava a ser estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.
Twiggy
     Londres  se tornava o centro das atenções, a viagem dos sonhos de qualquer jovem, a cidade da moda. Lá estavam os Beatles e as inglesinhas emancipadas, circulando pela lojas excêntricas da Carnaby Street, que foram para a famosa King´s Road e o bairro de Chelsea, sempre muito musical e com atitudes jovens.A modelo Jean Shrimpton era a personificação das chamas chelsea girls , sempre de minissaia, cabelos longos com franjas e olhos maquiados, embora o  simbolo dos anos 60, seja a modelo e atriz Twiggy, muito magra, cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador.
Era essencial a maquiagem, feita especialmente para jovens.  Olhos bem marcados, batons claros ou até brancos, tudo deveria ser bem fácil de usar. Mary Quant inovou trazendo embalagens com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. Ela usou nomes divertidos para seus produtos que vinham sempre com uma margarida.
As perucas também estavam em alta, como nunca, em vários modelos e tonalidades, além de bem mais baratas. Eram produzidas com uma fibra sintética, o kanekalon.
O estilo swinging London culminou com a Biba, uma butique independente frequentada por personalidades. Seu ar romântico retrô, com o camponês ingênuo e florido de Laura Ashley, estavam sintonizados com o fenômeno hippie do final dos anos 60.
Terno de Mao, com seu pescoço
cilíndrico.
O masculino, foi muito influenciado, no início da década pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam, como os paletós sem colarinho de Pierre Cardin e o cabelo franjão. A silhueta era mais ajustada ao corpo, a gola rolê se tornaram clássicas no guarda-roupa masculino. Vários rapazes adotaram a japona do pescador e até o
terno de Mao.
Aqui, no Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso, assim como a minissaia de Wanderléa e as roupas coloridas de Roberto Carlos, com sua franja ao estilo Beatles, o lema era ´´que vá tudo para o inferno``.
A modernidade  trazida pela medicina, viagens espaciais, entre outros, influenciaram não só a moda, mas também o design e a arte que´passou a ter um aspecto mais popular e fugaz.
A Arte Pop, foi o movimento que mais causou impacto. Andy Warthol, por exemplo, usavam irreverência e ironia em seus trabalhos. Ele usava símbolos populares da cultura norte-americana em seus quadros, como Elvis, Marilyn Monroe e até latas de sopa Campbells. A Op Art, abreviatura de optical art, arte abstrata que explora fenômenos ópticos, estava presente em estampas de tecidos.
Marilyn Monroe por Andy Warthol.
Nesse ritmo de mudanças dos anos 60, a nouvelle vague do cinema francês,  Acossado de Jean-Luc Godard, juntamente com o do neo-realismo do cinema italiano, do cinema novo no Brasil contestavam as caras produções de Hollywood.
No final dessa década o reduto mundial dos jovens, não era mais Londres e sim São Francisco nos EUA, região portuária que recebia pessoas do mundo todo, berço do movimento hippie, que pregava paz e amor, através do poder da flor(flower power), do negro (black power), do  gay (gay power), e da libertação da mulher (women´s lib). Manifestações e palavras de ordem que mobilizaram jovens em grande parte do mundo.
Banda Os Mutantes.
Esse movimento teve o nome de contracultura, era  tudo underground, às margens do sistema oficial. Roupas coloridas, misticismo oriental musica, cabelos longos e drogas faziam parte desse novo comportamento. Aqui no Brasil, a banda Os Mutantes, encabeçados por Rita Lee, seguiam este caminho, afastando-se do vestuário da jovem guar
da, em busca de uma viagem psicodélica.
A moda, era agora usar o que antes era reservado classes mais pobres, como os jeans americanos. Nas butiques, a moda étnica estavam em casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas, e um vários acessórios da nova moda, tudo kitsh, retrô e pop.
O movimento jovem explodiu em 1968, e tomou conta de várias partes do mundo, contestando os sistemas de ensino, a cultura e diversos aspectos, como a sexualidade, costumes, a moral e a estética. Aqui no Brasil, eles lutavam contra a ditadura militar, contra a reforma estudantil que mais tarde viria  a fechar o Congresso e o decreto do Ato Institucional n°5.
O que mais caracterizou a juventude dos anos 60 foi a vontade de se rebelar, a briga por liberdade de expressão e sexual. Assim, as mulheres, com o surgimento das pílulas anticoncepcionais, no início da década mudaram seu comportamento sexual, que ficara mais liberal. Queriam também, igualdade de salários, de direitos e de decisão. Sutiãs foram queimados em praça pública num símbolo de libertação.
Os anos 60 foram encerrados com a chegada do homem na luda em 1969, e com um grande show de rock, o Woodstock Music & Art Fair, em agosto do mesmo ano, reunindo cerca de 500 mil pessoas, em 3 dias de muito amor, sexo drogas e rock and roll.



                                                                                                        Beijinhos,       Alex G.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Estilo: Anos 50.

Vestido longo com cintura marcada.
Considerados os Anos Dourados.Com o fim da guerra e o fim do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 era feminina e glamourosa, de acordo com o New Look, de Christian Dior, em 1947.Muita quantidade de tecido era gasta para um só vestido, até o tornozelo. A cintura marcada e os sapatos de saltos altos, além de acessórios luxuosos como luvas, peles e jóias.
Esta silhueta demasiadamente feminina e jovial, atravessou toda a década e se manteve na maioria das criações da época. Mesmo com tudo indicando que a simplicidade iria reinar, mas o New Look de Dior foi muito rapidamente aceito, como nenhum outro. E foi Christian Dior, quem liderou, até 1957, ano de sua morte a agitação de novas tendência que foram surgindo quase a cada estação.
Juntamente com a escassez de tecidos, os cosméticos também entrou em uma época de abundância de materiais, Muitos produtos foram lançados, já que a tendência era uma pele muitíssimo pálida com olhos bem marcado.
     Empresas como Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era a explosão dos cosméticos. Na Europa  empresas como a Biotherm, em 1952 e a Clarins, em 1952, lançou produtos a base de plantas, o que se tornou febre.
     As tintas de cabelo se tornaram febre, assim como produtos alisadores e  fixadores.Os penteados podiam ser coques ou rabo de cavalo, como os de Brigitte Bardot.Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos com mechas caindo no rosto e as franjas davam o ar de menina.
Referência em beleza e sensualidade,
Marilym Monroe.
Dos estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, os das ingênuas chiques como Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e os estilo mulher fatal, que esbanjavam sensualidade , como também as pin-ups americanas, loiras e com seios fartos. Os dois grandes símbolos de beleza dessa década foram Maritym Monroe e Brigitte Bardot, que reuniam os dois estilos, ingenuidade e sensualidade.
As primeiras top models surgiram através de lentes dos fotógrafos de moda, como Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maison e revistas de moda,como Elle e Vogue.
Durante os anos 50, a alta-costura viveu seu apogeu. Nomes importantes na criação da moda surgiram, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da auta-costura.Além de Channel, Madame Grès, o próprio Dior, entre outros transformaram essa época, a mais glamourosa de todas.
Nessa década uma forma de difusão da auta-costura parisiense tornou-se possível com a criação do grupo Costureiros Assosciados, do qual faziam parte famosas maisons como a de Jaques Fath, Jeanne Paquin, entre outas. Eles haviam se unido a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete modelos a cada estação a serem distribuídos para algumas lojas selecionadas.
Em 1955 a grife Jean Dessès Difusion passou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e África do Norte.
Este sapato, com o salto encurvado pra dentro,
o mais copiado do mundo, criação de Roger Vivier.
O grande destaque dos sapatos foi
Roger Vivier que criou o salto-agulha  em 1954 e em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado. Ele trabalhou com Dior e outros grandes estilistas da época.
Em 1954, Channel reabriu sua maison em Paris, que estivera fechado por conta da guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças inconfundíveis como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa à tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.
Bolsa de matelassê Channel.
Os Estados Unidos também avançavam na direção do ready to wear e da confecção. Essa indústria se fortalecia, com as técnicas de produção em massa cada vez mais bem desenvolvidas e especializadas.
Na Inglaterra, empresas como Jaeger, Susan Small e Dereta produziam roupas prêt-à-porter sofisticadas. Na Itália Emílio Pucci produzia peças separadas de cores fortes que fazia sucesso na Europa e nos Estados Unidos. Na França Jaques Fath foi um doa primeiros a se voltar so  prêt-à-porter ainda em 1948, mas os outros estilistas o acompanharam quando a auta-costura começava a perder terreno já no final dos anos 50.
Channel n°5, considerado por muitos o perfume mais
famoso do mundo.
Assim as pessoas comuns começaram e estar sintonizadas  com as tendências do momento. Em 1955, Elle e Vogue dedicaram várias paginas ao  prêt-à-porter, que mostrava uma mudança no mundo da moda.
Os estilistas começaram a se  preocupar com licenças, que revolucionava a estratégia econômica das marcas. Assim como alguns itens símbolos do que se havia de mais chique, como o lenço de seda da Hermes, que Audrey Hepburn, o perfume Channel n°5, o preferido de Marilyn Monroe, entre outros.
Muitos perfumes lançados nos anos 50, existem até hoje, sendo que algumas maisons sobrevivem ainda, graças a eles.
Houve a Guerra Fria, travada pelos Estados Unidos e União Soviética, a ficção científica e temas espaciais estava associado a modernidade. Até os carros americanos ganharam um visual inspirado nos foguetes, eles eram grandes, baixos e compridos, além de luxuosos e confortáveis.
Os Estados Unidos estavam numa boa época, já que passaram a fiadores econômicos do mundo. Isso fez surgir uma juventude abastada e consumista,e que vivia com o conforto que a modernidade lhes oferecia.
Estilo colegial.
A televisão se popularizou e as pessoas assistiam como as pessoas ricas e famosas viviam. A tradição e valores mais conservadores estavam de volta, a mulher dos anos 50 além de bem cuidada devia ser boa dona-de-casa. Nessa época surgiu a máquina de lavar e o aspirador de pó. Já na Europa as prioridades nos rádios, televisores e máquinas eram que fossem simples e duráveis.
Surgiu o Rock in Roll, os jovens americanos buscavam sua própria moda. A moda colegial nasceu, originando-se no sportwear.  Além de saias rodadas, as moças usavam calças cigarrete até o tornozelo e sapatos baixos, além de suéter e jeans.
O cinema lançou moda, como James Dean, no filme Juventude Transviada (1955)que usava blusão de couro e jeans. Marlon Brando em Um Bonde Chamado Desejo (1951), transformou a camiseta branca em um símbolo da  juventude.
Teddy-boys.
Na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano,  um pouco mais agressivo,  com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além do topete enrolado. Eram os teddy-boys.
No fim dos anos 50, a industria de confecção era grande e próspera, democratizava a moda. Surgiu um segmento com muitíssimo potencial, a moda jovem, febre nos anos 60.
                               
                                                                                                Beijinhos,      Alex G. 

                                                     

sábado, 1 de junho de 2013

Estilo: Anos 40.

Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já começara na Europa. Os homens  vão à batalha e as mulheres ao trabalho. Paris, tomada por alemães, já não contava mais, com todos os nomes da alta-costura e suas maisons. Muitos estilistas, haviam se mudado ou fechado suas casas!
Os alemão tentaram destruir a indústria francesa de costura, tentando levá-las para Berlin ou Viena, o que não deu muito certo. O estilista francês Lucien Lelong, presidente do da câmara sindical, que defendeu a permanência das maisons no país. Durante a guerra 92 ateliês continuaram abertos no país. Mesmo com limitações impostas pelo governo, para compra de tecidos a moda sobreviveu a guerra.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o fim dos conflitos, as mulheres eram mais magras e as roupas eram mais pesadas. Com a escassez de tecidos as mulheres recorreram a materiais alternativos como a viscose, o raion e as fibras sintéticas.Mesmo depois da época de guerra esses costumes continuaram para aquelas não menos abastadas que queriam andar na moda.
Silhueta militar, ombros quadrados
e sapatos pesados..
Na Grã-Bretanha, o Fashion Group of Great Britain, comandado por Molyneux, criou 32 peças à serem produzidas em massa, na intenção de criar roupas mais atraentes apresar das restrições.
Jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos, e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o tweed; as saias eram curtas, com pregas finas ou franzidas, as calças eram compridas e práticas e os vestidos imitavam uma saia com um casaco.
Com materiais escassos, a solução foi desenhar
linhas das meias nas pernas.
Com a falta de materiais em quase todos os setores e em todos os países envolvidos nos conflitos a criatividade era mais que necessária, novos materiais foram desenvolvidos, usados na confecção de móveis e objetos, nasceu o Tupperware, pra se ter uma ideia, com o uso do ferro na industria bélica, os fabricantes de batons apenas recarregavam o tubo de batom.
Paris que fora libertada em 1944, se encheu de alegria,assim como os ritmos de jazz e as meias de náilon americanas, trazidas pelos soldados, que levaram de volta o perfume Channel n°5.
Maquiagem improvisada a partir de materiais de cozinha.
Em 1945, foi criada uma exposição de moda, com a intenção de angariar fundos e confirmar a força da costura parisiense, mas a falta de materiais fez com que ao invés de modelos luxuosos, eles vestiram bonecas pequenas, moldadas com fio de ferro e cabeças de gesso, criados por grandes nomes da alta- costura francesa.
Dior
Importantes artistas como Chistian Bérard e Jean Cocteau participaram da produção dessa exposição, com 13 cenários e 237 bonecas, vestidas desde o esporte até vestidos de luxo, com todos os acessórios, lingeries, chapéus, peles e sapatos, tudo feito manualmente, idênticos em acabamento de luxo, ao tamanho natural.
New Look
No dia 27 de março de 1945, Le Théatre de la Mode (Teatro da Moda) encantou Paris, mais de 200 mil franceses visitaram a exposição, que também fez sucesso pela Inglaterra, Áustria e Paris, além de outros.No pós-guerra, o natural da moda é a simplicidade e praticidade, como a moda lançada por Channel. No entanto o francês Christian Dior, em sua primeira coleção em 1947, surpreendeu com saias rodadas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos.
O sucesso imediato do seu New Look, como ficou conhecido, indica  que as mulheres ansiavam pela volta do luxo e sofisticação perdidos.Dior se imortalizava com o seu New Look jovem e alegre. Era a visão da mulher extremamente feminina, que iria ser o padrão dos anos 50.




                                         
                                                                                                         Beijinhos,       Alex G.